Em mais uma postagem, um tanto "bissexta", volto hoje ao tema das obras "olímpicas". Desta vez quero demonstrar minha indignação pelo pouco caso das autoridades municipais com a munutenção de seus "próprios" desportivos.
Explico. Terminou ontem, 05 de Dezembro de 2009, o Campeonato Mundial Paraolímpico de Natação, na cidade do Rio de Janeiro. O resultado segue abaixo:
O Brasil terminou o Mundial em quarto lugar na classificação geral, com 44 medalhas (20 de ouro, 10 prata e 14 de bronze). A Rússia foi primeira colocada, com 52 no total (34 ouro, 12 pratas e 6 bronzes), seguida por Austrália, com 55 (23 ouros, 18 pratas e 14 bronzes), e Estados Unidos, com 51 (20 ouros, 20 pratas e 11 bronzes).
E daí? Daí que esta competição, de carater mundial, que trouxe para o País mais uma "penca" de medalhas de ouro, como já é tradição no esporte paraolímpico brasileiro, foi realizada no Parque Aquático Júlio Delamare, aquele que foi totalmente reconstruído, com tecnologia de ponta para os Jogos Panamericanos de 2007 e que vai ser demolido, juntamente com o Estádio de Atletismo Célio de Barros, os dois no Complexo do Maracanã, para dar lugar a um novo Complexo do Maracanã (não gosto dessa expressão), que sediará, como principal estádio, em 2014, o Mundial de Futebol, no Brasil.
Perguntas. Por que o Júlio Delamare? Por que não o Maria Lenk, na Barra? Não é essa a principal praça para o desporto aquático da cidade?
Ouvi, recentemente, que o Parque Aquático Maria Lenk, construído na área do Autódromo de Jacarepaguá, está abandonado, com problemas de rachaduras e infiltrações em sua principal piscina. Esse fato foi negado pela Prefeitura, mas, agora, parece claro que havia um "que" de verdade nessa denúncia. Se não, porque fazer o evento no Júlio Delamare?
Vale lembrar, que outros dois equipamentos construídos para o PAN 2007, no mesmo local, o Autódromo de Jacarepaguá - a Arena Multiuso e o Velódromo estão, ou subutilizados como o primeiro ou simplesmente sem uso como o segundo. Ah! Não esquecer. Nenhuma dessas praças - Maria Lenk, Arena e Velódromo - poderá ser usada para competições da Olimpíada de 2016, pois não atendem aos pré-requisitos do COI - Comitê Olímpico Internacional.
Então, afinal, prá onde vai o dinheiro público? Aquele, arrecadado aos contribuintes, que somos todos nós. Denuncio, mais uma vez, essa gastação, essa farra, esse escárnio para com a população, que só serve, como se sabe, aqueles de sempre!
Peço, desde já, ação enérgica do Ministério Público, que parece ser uma das poucas instituições sérias e que funcionam, nessa "Terra Brasilis", o país do faz-de-conta!
domingo, 6 de dezembro de 2009
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